Para iniciarmos nossa reflexão não posso deixar de citar as sábias
palavras de Vygotsky ao afirmar que … A Alfabetização começa no ventre da mãe,
quando os pais nomeiam e conversam com o filho (a) ainda em gestação, colocando
palavras e letras nesses diálogos informais e afetivos…
Ou seja, a família tem uma importante
contribuição nesse processo, com isso tem como responsabilidade auxiliar e
oferecer modelos de leitura e escrita na rotina diária.
Vamos pensar em ações conforme o contexto de
realidade de cada família, independente de seu contexto social, cultural,
necessidade educativa especial e metodológico da escola que o filho (a)
vivencia.
Segue algumas sugestões que podemos explorar na
rotina diária:
- Permitir que a criança possa elaborar uma lista de compras, mas escrevendo do
seu jeitinho, levando – a acreditar que é capaz de escrever e pensar no som de
cada letra, sem oferecer respostas como por exemplo ao soletrar a palavra,
mesmo que sua escrita seja representada com riscos ou desenho, pois devemos
respeitar o seu conhecimento;
- Além de explorar o momento da ida ao supermercado, ao realizar a leitura dos
rótulos ( das imagens ) dos respectivos produtos;
- Acreditar que toda criança sabe ler e escrever independente da idade, mas cada uma encontra – se em momento deste processo de construção da escrita e leitura, pois o desenvolvimento neurológico é único, com isso cada criança tem seu ritmo de aprendizagem;
- Criem o hábito de elogiar e demonstrar estarem felizes com as conquistas
de cada iniciativa de leitura e escrita da criança;
- Realizar a leitura para criança de uma receita antes de prepara – lá para que
a mesma perceba a importância social da leitura e da escrita, além de convidá –
la à fazer parte deste momento de elaboração e organização dos ingredientes;
- Estar ao lado da criança no momento das lições de casa, permitir que a mesma
leia do seu jeitinho e explique o que precisa ser feito para depois realizar a
leitura para criança, caso seja necessário. Pois, desta forma estaremos
oferecendo autonomia, independência e consequentemente iniciativa;
- Demonstrar o hábito da leitura na presença da criança ao ler qualquer gêrero
textual, como: uma simples bula de remédio, uma receita, jornal, revista,
livro, entre outros, assim estará despertando o hábito e o prazer da leitura;
- Após colocar em prática todas estas sugestões a criança estará fortalecida e
preparada para vivenciar a rotina escolar de aprendizagem formal de maneira
mais segura e com pré requisitos que com certeza irão favorecê – la ao
qualificar esse processo de alfabetização tão esperado por pais e educadores.
Vamos formar uma parceria e assim com certeza a criança será beneficiada em sua
qualidade de vida.
Segue abaixo apenas a nível de conhecimento dos
pais, pois os educadores já dominam essa informação referente o processo de
construção da escrita que Segundo a conceituada Emília Ferreiro nos orienta,
assim é possível perceber a importância e a justificativa de cada etapa.
RESUMO:
HIPÓTESES PSICOGENÉTICAS DA ESCRITA
PICTÓRICA- Faz uso de imagens ( desenhos – garatujas ) para se
comunicar.
PRÉ-SILÁBICA- Não diferencia números de letras e formas. 2 – Utiliza
apenas letras e de preferência do seu contexto de realidade ( nome ) e associa
a quantidade de letras com o tamanho do objeto.
SILÁBICA- Sem valor sonoro:Utiliza letras aleatórias e ao ler
realiza pausas, usando um até três registros ( letras ) por pausa.
- Com valor sonoro:Inicialmente utiliza as vogais para cada pausa ao ler e
escrever e gradativamente faz uso das consoantes respeitando apenas o som de
cada letra.
SILÁBICO-ALFABÉTICA- É um momento de transição que normalmente é
confundido com erros ortográficos, mas na verdade é uma fase para se tornar
alfabético, com isso apresenta recaídas principalmente nas construções
textuais.
ALFABÉTICA- Já faz uso da escrita formal.
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